Criando nossos próprios robôs
Eles não vão dominar o mundo e tomar todos os nossos trabalhos: vamos apenas colocá-los pra fazer, de forma eficiente, as tarefas mais básicas e repetitivas dos nossos clientes
Por Elton Martins
Vira e mexe alguma produção audiovisual traz os robôs de novo à tona e o desespero toma conta das pessoas: será mesmo que os robôs vão ficar tão avançados que vão dominar o mundo e acabar com os nossos trabalhos? A verdade é que não existe motivo para pânico. Uma capa recente da revista Galileu lembrou, de forma bem razoável, que os robôs vão sim evoluir bastante, mas adivinha quem vai definir as regras sob as quais eles vão operar? Nós mesmos.
Dentro dos robôs que podemos criar dentro da computação – algoritmos capazes de compreender o que um usuário quer e realizar a tarefa de forma automatizada, às vezes até repetidas vezes, de forma muito mais precisa e rápida, que acostumamos a chamar pela abreviação “bot” – o que vamos fazer é liberar as pessoas para fazerem coisas mais criativas e interessantes do que ficar conferindo números, dados ou informações.
Chatbots: os robôs de conversar
Desenvolvedores em geral estão sempre muito interessados em quaisquer sequências de tarefas que possam ser automatizadas e realizadas de forma mais precisa. Afinal, é basicamente isso que nossas linhas de código são capazes de fazer: executar funções sequenciais e repetitivas de um jeito preciso, intenso e veloz. E um dos processos que mais estamos de olho são os robôs com os quais podemos interagir sem precisar usar comandos de programação. Eles basicamente “conversam” com o usuário da mesma forma que você conversaria com um amigo via texto no celular. Conhecidos pelo apelido de “chatbots” – os bots capazes de bater papo – eles conseguem reconhecer uma conversa e fazer um processamento da linguagem utilizada para entender o que a pessoa que interage com ele precisa ou quer dizer.
Chatbots foram assunto recente aqui nos diálogos de atualização que fazemos com nossos desenvolvedores. Coordenado por Samuel Alves, um de nossos desenvolvedores mais seniores, estes diálogos segue uma proposta bem comum na maioria das empresas de tecnologia, que é oferecer um espaço para a equipe conversar sobre um tema de destaque do momento, analisando a tecnologia utilizada nos bastidores. O papo é bem técnico, com conversas sobre desafios de implementação, processos, autorizações e até as potenciais aplicações práticas.
Como líder da área de desenvolvimento, já reparei que esse tipo de espaço de discussão e de atualização é um grande diferencial para manter a equipe inspirada, motivada e afiada com as novas tecnologias. Afinal, mesmo que nem sempre possamos implementar métodos high-tech nos projetos que chegam pra gente – tem horas que é o básico mesmo que resolve – são esses momentos que permitem que nosso time converse sobre assuntos como IoT, blockchain, reconhecimento facial, machine learning ou tecnologias avançadas de inteligência artificial. E, no dia que projetos que usem essas técnicas chegarem na Devell, estaremos prontos para colocar em prática o que já tivemos a chance de conversar.
Preparados para conversar e para implementar
Conforme novos clientes e projetos vão chegando à Devell, cada vez mais os debates dos Devs Talks se tornam relevantes. Quase na mesma época em que estávamos debatendo chatbots, começamos a desenvolver o projeto Terra Nua, um aplicativo que vai auxiliar no mapeamento de processos de degradação ambiental para prevenir desastres ambientais e auxiliar gestores a tomar melhores decisões para a recuperação dos locais afetados. E sabe o que vamos usar para tornar a coleta de dados mais rápida e confiável? Isso mesmo: chatbots.
Os bots de conversar já são uma realidade há algum tempo no aplicativo de mensagens Telegram, com premiações para os melhores bots e tudo, mas só mais recentemente passaram a se tornar aplicáveis no WhatsApp, o aplicativo de mensagens instantâneas mais popular do Brasil. Por isso, ao invés de criar uma interface complexa para que os monitores do Terra Nua pudessem reportar locais com visível erosão ou desafios ambientais, decidimos que a melhor forma de enviar dados como localização, fotos, vídeos e descrições por texto seria pelo próprio WhatsApp.
Ou seja, o nosso interesse começou com uma despretensiosa conversa no nosso encontro de Devs, trocando ideias e trazendo inspirações de outras aplicações que grandes marcas já fizeram, e em pouco tempo se transformou em ação real para um dos nossos mais novos projetos. Mais do que temer os bots, queremos entender como eles poderão agilizar o nosso cotidiano, auxiliar e facilitar a vida dos usuários dos nossos apps e sistemas e, principalmente, executar as atividades com segurança e eficiência. Dessa forma, os profissionais e usuários das soluções que desenvolvemos vão poder se focar no que os humanos sabem fazer de melhor: analisar, ser criativos e críticos e pensar em estratégias e soluções. Isso os bots (ainda) não sabem fazer.
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Também está de olho nos chatbots, ou conhece alguém que se interessa pelo tema? Aqui na Devell estamos permanentemente em busca de profissionais curiosos para compor o nosso time – é só mandar o seu CV para vagas@devell.com.br. Conhece alguém com um perfil assim? Marque a pessoa nos comentários abaixo, quem sabe ela se interessa e vem bater um papo com a gente.